Se não for sofrido, não é Flamengo. Papo reto.

Fala, Nação! Mas que noite, hein? Se você, assim como eu, quase precisou ser reanimado no sofá, bem-vindo ao clube. O resultado do jogo do flamengo de ontem (22/10/2025) foi aquele 1 a 0 clássico de Libertadores: suado, chorado, na raça e com um herói que saiu do banco de reservas da nossa desconfiança direto pro trono. O Maraca pulsou com mais de 70 mil almas, e o flamengo deu um passo de gigante contra o Racing.

A real é que essa semifinal contra os argentinos tinha cheiro de armadilha. E foi. Mas no meio do caos, da cera, da zaga argentina parecendo um paredão e do goleiro dos caras pegando até pensamento, brilhou a estrela de quem? Dele mesmo: Jorge Carrascal. O colombiano que o "Professor" Filipe Luís sacou da cartola foi o nome do jogo.

Bora mergulhar nessa análise de um jogo que vai custar caro na farmácia amanhã. Prepara o coração (e o Dramin pra volta).

Resumo do Jogo: O Jogo de Paciência que Virou Teste Cardíaco

Meu amigo, se você esperava um chocolate, esquece. O técnico dos caras, Gustavo Costas, não é bobo. Ele leu a cartilha da Libertadores e estacionou um ônibus de dois andares na frente da área. O Racing veio com uma linha de cinco zagueiros que parecia a Muralha da China, versão Avellaneda.

O primeiro tempo foi um exercício de paciência (ou de ódio, dependendo do seu nível de estresse). O flamengo tinha a bola, rodava, tocava, mas não achava espaço. Arrascaeta tentou, Pedro brigou lá na frente, mas o goleiro Cambeses parecia que tinha comido feijão com arroz ungido. O cara simplesmente fechou o gol. Para piorar, o Racing ainda teve um gol anulado por falta (bem anulado, diga-se) e meteu uma bola perigosa que o nosso santo Rossi teve que buscar. Fomos pro intervalo com aquele 0 a 0 com gosto de fel.Na segunda etapa, o roteiro foi "ataque contra defesa". Filipe Luís deve ter dado um esporro daqueles no vestiário, porque o time voltou mordendo. O Mengão amassou. Teve Arrascaeta quase fazendo gol olímpico, teve chute de fora da área, teve bola raspando a trave. O goleiro Cambeses continuava sendo o protagonista errado da noite, fazendo defesa atrás de defesa.

Aí, como se não bastasse o sofrimento, o VAR entra em cena. Samuel Lino (que entrou depois) guarda a bola no fundo da rede. A Nação explode, mas... o maldito impedimento milimétrico. Gol anulado. Naquele momento, o Maracanã sentiu o golpe. Parecia que a bola simplesmente não ia entrar.

Mas "Flamengo é Flamengo", parça.

Os Craques (e os Perrengues) em Destaque

Em noite de Libertadores, alguns jogadores crescem e outros sentem o peso.

• Jorge Carrascal (O Maestro Inesperado): O nome do jogo. Filipe Luís bancou o colombiano como titular, deixando o Samuel Lino no banco, e que aposta! Carrascal não se escondeu. Jogou pela esquerda, driblou, chamou a responsa e infernizou a zaga dos hermanos. O gol, no final, foi o prêmio pela coragem. Saiu de surpresa para certeza absoluta. Craque.

• Cambeses (O Goleiro do Racing): Vamos dar o mérito. O cara foi um monstro. Se não fosse ele, teria sido uns 3 a 0 fácil. Fez pelo menos quatro defesas que pareciam impossíveis. Chato pra caramba, mas joga muito.

• Rossi (Segurança de Sempre): Quando foi chamado, estava lá. A cabeçada no primeiro tempo foi um susto, mas ele estava atento. Goleiro de time grande é assim: passa 80 minutos olhando o jogo e salva a pátria na única bola que vai.

• Arrascaeta e Pedro: Tentaram de tudo. O uruguaio buscou o jogo, quase fez gol olímpico. Pedro foi o pivô, brigando contra os três zagueiros argentinos sozinho. Não marcaram, mas foram essenciais para cansar a defesa adversária.

Tática Descomplicada: O Ônibus Argentino e a Chave de Filipe Luís

Vou explicar como se a gente estivesse na mesa do bar: o Racing veio pra não jogar. Simples assim. A tática era o 5-4-1, todo mundo atrás da linha da bola, e se der, um chutão pro Martínez (o "Maravilla") se virar. O objetivo era claro: levar o 0 a 0 pro El Cilindro.

E o que o nosso "Professor Estagiário" Filipe Luís fez? Ele sabia que precisava de alguém que quebrasse linhas com o drible, já que o passe não estava entrando. Por isso a escolha pelo Carrascal. O colombiano tem essa característica de "futebol de rua", do um contra um. O jogo do flamengo foi todo canalizado pela esquerda, forçando a defesa argentina a se mexer. Demorou, mas funcionou. Foi na insistência, na "bagunça" organizada, que o Mengão achou o caminho.

O Lance que Mudou Tudo (Aos 42 do Segundo Tempo!)

Sabe aquele momento em que a cirrose já bateu e você começa a aceitar o 0 a 0? Foi aí.Minuto 42 (ou 43, dependendo do seu relógio). O Maracanã já estava naquela mistura de canto e nervosismo. A jogada começa adivinha com quem? Carrascal. Ele mesmo inicia o lance, acha o Bruno Henrique (que também entrou bem) nas costas da zaga. BH, o rei dos clássicos e decisões, finaliza. E o tal do Cambeses faz outra defesa espetacular.

Mas futebol tem justiça (às vezes). A bola sobra. Quicando. Pedindo. E quem estava lá, iluminado, como um predestinado? Jorge Carrascal. O colombiano não pensou duas vezes. Chutou de primeira. A bola ainda desvia no zagueiro Rojo e morre, chorando, mansa, quase pedindo desculpas, no fundo do gol.

1 a 0. O Maracanã veio abaixo. Foi o gol do alívio. O gol da raça. O gol que define o que é ser rubro-negro.

E o VAR, hein? (Sem Caô)

Tivemos dois lances capitais de VAR. O do Racing, no primeiro tempo, anulado por falta de ataque do Sosa no Carrascal. Decisão correta. Empurrou, não tem choro.

Já o nosso... ah, o nosso. O gol do Samuel Lino foi anulado por um impedimento daqueles que só a linha do computador vê. Um ombro, talvez? Milimétrico. Frustrante, mas estava impedido. Pelo menos dessa ez não podem chorar dizendo "VARmengo". Foi na bola.

O que esperar do futuro: O Caldeirão de Avellaneda

O resultado do jogo do flamengo foi magro no placar, mas gigante na vantagem. Agora, o racing x flamengo da volta, na próxima quarta-feira (29), vai ser o inferno no El Cilindro. Os caras vão vir pra cima com tudo, a torcida deles vai cantar os 90 minutos e vai ser pressão pura.

A boa notícia? O flamengo joga pelo empate. Aquele 1 a 0 "sofrido" nos dá a tranquilidade de jogar no contra-ataque. E com BH, Lino e a turma voando, a gente sabe o estrago que eles podem fazer com espaço. A final (contra LDU ou Palmeiras) está a 90 minutos de distância.

oite de Libertadores no Maracanã é diferente. Não é sobre futebol bonito, é sobre vencer. Foi um jogo para testar o coração da Nação. Saímos com a vitória, com a vantagem e com um novo xodó chamado Carrascal.

O "cheirinho" a gente deixa para os rivais secadores. O nosso negócio é "vencer, vencer, vencer".

E aí, Nação, o coração sobreviveu? O que você achou da atuação do Carrascal? E o medo pra semana que vem, tá como? Comenta aí!

Links Externos Relacionados:

1. Veja os melhores momentos e estatísticas na página oficial da CONMEBOL Libertadores

2. Confira a cobertura pós-jogo completa no site oficial do Flamengo

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