Another Day in Paradise - Phil Collins
Lançada em 1989 no álbum '...but seriously', 'Another Day in Paradise' de Phil Collins aborda a desigualdade social e a vida dos moradores de rua. Com uma melodia suave e uma mensagem impactante, a canção conquistou o Grammy de gravação do ano em 1991.
SERGIO DUARTE
6/25/20255 min ler

Quando Phil Collins nos Fez Acreditar no Amor de Novo: A Revolução Silenciosa de ...But Seriously
Imagine a cena: é 1989 e você está dirigindo para casa depois de um dia longo. O rádio chia e, de repente, explode aquele preenchimento de bateria inconfundível, seguido por uma voz que soa, ao mesmo tempo, vulnerável e confiante. Phil Collins está cantando sobre o amor de novo, mas algo parece diferente desta vez. Mais urgente. Mais... sério.
O que você está ouvindo não é apenas mais uma música pop — é o som de um homem que decidiu arrancar o verniz brilhante dos excessos dos anos 80 e falar diretamente com o seu coração.
O Arquiteto Inesperado do Romance
A maioria das pessoas lembra de Phil Collins como o cara da bateria eletrônica e da linha do cabelo que parecia recuar mais rápido que sua carreira avançava (embora, felizmente, o oposto tenha se provado verdadeiro). Mas eis o que o ouvinte casual talvez não perceba: Collins não apenas fez sucessos no final dos anos 80 e início dos 90 — ele criou uma planta baixa de como o amor poderia soar no rádio.
...But Seriously, lançado em novembro de 1989, chegou em um momento peculiar da história da música. A década dos excessos estava chegando ao fim, o grunge ainda fermentava em garagens de Seattle, e o rádio precisava de algo que soasse real. Collins, talvez sem perceber completamente, tornou-se a ponte entre o romantismo sintetizado dos anos 80 e os cenários emocionais mais autênticos que definiriam os anos 90.
Pense nisso: enquanto outros artistas ainda perseguiam os sonhos embebidos em néon da década anterior, Collins estava criando músicas que pareciam conversas com seu melhor amigo. Aquele amigo que já viu o bastante da vida para oferecer conselhos genuínos sobre amor, perda e tudo o mais.
O Som da Sinceridade
"Another Day in Paradise" abre o álbum — e nossos corações — com um retrato assombroso da situação dos sem-teto urbanos. Nada típico para uma canção de amor, certo? Mas é exatamente isso que tornava Collins tão fascinante nessa época. Ele entendia que o amor real existe em um mundo repleto de complexidades — e sua música refletia essa compreensão.
(Sempre achei fascinante: Collins fazia você chorar por questões sociais e, três faixas depois, estava te embalando com uma balada terna sobre segundas chances.)
A produção de ...But Seriously merece um momento de apreciação à parte. Aqueles tambores com reverb fechado, que se tornaram sua marca registrada, foram deixados de lado. Em vez disso, Collins abraçou um som mais quente, mais orgânico, que colocava sua voz — esse instrumento incrível e expressivo — no centro do palco. Quando ele cantava sobre amor e redenção, você acreditava em cada palavra, porque a música em si parecia honesta.
Pense em “I Wish It Would Rain Down”. A música cresce como uma conversa real sobre um amor perdido — começa suavemente, quase hesitante, e vai ganhando força até alcançar um refrão arrebatador, como uma catarse emocional. É o tipo de canção que captura perfeitamente a complexidade de querer alguém de volta mesmo sabendo que talvez isso nunca aconteça.
A Revolução no Rádio que Ninguém Viu Chegar
E aqui está o ponto crucial: Collins não apenas fez ótimas músicas nesse período — ele mudou fundamentalmente o que o rádio poderia ser. Antes de ...But Seriously, o rádio adulto contemporâneo era, muitas vezes, como papel de parede musical. Agradável, sim, mas raramente essencial.
Collins mudou essa equação. Suas músicas exigiam atenção. Contavam histórias. Faziam você sentir algo específico — não só algo vago e agradável.
Os programadores de rádio perceberam. De repente, as estações entenderam que podiam tocar músicas comercialmente bem-sucedidas e emocionalmente profundas. Collins provou que o público estava faminto por canções que os tratassem como adultos inteligentes com vidas emocionais complexas.
Os efeitos foram gigantescos. Artistas como Sting, George Michael e, depois, bandas como Hootie & the Blowfish e Matchbox Twenty, todos aprenderam com o modelo de Collins: era possível ser profundamente pessoal e massivamente popular ao mesmo tempo.
A Trilha Sonora Improvável das Nossas Vidas
Mas talvez o aspecto mais notável de Collins nessa era tenha sido a naturalidade com que sua música se entrelaçou com o tecido da vida cotidiana. Essas não eram apenas canções que você ouvia no rádio — elas se tornaram trilha sonora de momentos reais.
"Do You Remember?" embalou inúmeras danças lentas em festas de casamento. “Something Happened on the Way to Heaven” virou companhia perfeita para aquelas viagens longas em que a gente precisa refletir sobre a vida. "That's Just the Way It Is" oferecia consolo nos momentos em que o mundo parecia especialmente injusto.
(Ainda me lembro da minha irmã mais velha ouvindo “I Wish It Would Rain Down” em repetição após seu primeiro grande coração partido. A música não curou tudo, mas, de algum jeito, fez a dor parecer menos solitária.)
E isso não foi por acaso. Collins tinha uma habilidade quase sobrenatural de capturar emoções universais com palavras específicas e relacionáveis. Ele escrevia músicas que pareciam ser sobre você, mas que falavam com milhões de outras pessoas vivendo emoções semelhantes.
O Legado Que Ainda Toca
Hoje, mais de três décadas depois, essas músicas continuam a conquistar novos ouvintes. Millennials descobrem Collins nas coleções de vinil dos pais. Geração Z ouve suas músicas em filmes e séries, e se pergunta: quem é esse cara que parecia entender tão bem o que é o amor?
E na Good Times Radio, tocando 24 horas por dia, essas faixas ainda fazem sua mágica. Elas nos lembram que grandes canções de amor não apenas embalam romances — elas nos ajudam a entender o que o amor realmente significa.
Collins provou algo essencial nesse período: autenticidade não exige abrir mão do cuidado técnico. É possível criar músicas emocionalmente honestas e extremamente bem produzidas. Você pode ser vulnerável sem parecer fraco. Acessível sem ser simplista.
Na verdade, pensando bem... talvez seja exatamente por isso que sua música soa tão atemporal. Em uma era em que tanta música parece descartável, Collins criou canções feitas para durar. Não porque seguiam uma fórmula de sucesso, mas porque falavam sobre algo fundamental da experiência humana.
Onde o Amor Vive no Rádio
A beleza de ...But Seriously é que ele continua a surpreender novos ouvintes. Você pode sintonizar esperando aquela nostalgia dos anos 80 e, de repente, se vê diante de canções que parecem incrivelmente atuais. Collins não estava apenas capturando o som de sua época — ele estava capturando algo eterno sobre como o amor soa quando é real.
Então, da próxima vez que você ouvir “Another Day in Paradise” ou “I Wish It Would Rain Down” na Good Times Radio, pare por um momento e aprecie o que está vivendo. Você não está apenas ouvindo um sucesso do passado — você está se conectando com um momento em que a música pop decidiu levar o amor a sério.
E, num mundo que parece cada vez mais complicado, talvez seja exatamente isso que a gente precisa: músicas que nos lembrem que o amor, com toda a sua bagunça e complexidade, continua sendo o assunto mais sério de todos.
...But Seriously (1989) – Phil Collins
Faixas:
Hang in Long Enough
That's Just the Way It Is
Do You Remember?
Something Happened on the Way to Heaven
Colors
I Wish It Would Rain Down
Another Day in Paradise
Heat on the Street
All of My Life
Saturday Love
Father to Son
Find a Way to My Heart
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