MÚSICA, FUTEBOL E CULTURA CARIOCA. SINTA A VIBE!
Os Clássicos dos Anos 70
Relembre os clássicos inesquecíveis dos anos 70 que marcaram a 98 FM: de Jackson 5 a Chic, passando por Bread, Elton John, Barry White e Peter Frampton. Descubra as histórias por trás de hits como "I'll Be There", "Crocodile Rock", "Get Down Tonight" e "Good Times". Uma viagem pela era de ouro do soul, soft rock e disco music que definiu uma geração. Reviva a época quando o rádio FM era rei e a música conectava milhões de corações.
CÁPSULA DO TEMPO
SERGIO DUARTE
11/1/202510 min ler


Os Clássicos dos Anos 70 que Marcaram a 98 FM: A Era de Ouro do Soul e da Disco
Os anos 70 representam uma das décadas mais diversificadas e revolucionárias da história da música pop. Após a agitação constante dos anos 60, a nova década trouxe um período de reflexão, suavidade e, eventualmente, a explosão contagiante da disco music. Foi uma era onde o soul de Philadelphia encontrou o rock acústico da Costa Oeste, onde cantores e compositores ganharam destaque, e onde a pista de dança se tornou o grande palco da cultura jovem.
Na 98 FM, esses sons ecoaram pelas ondas do rádio, criando memórias inesquecíveis para uma geração inteira de ouvintes brasileiros. Vamos embarcar numa viagem ano a ano pelos maiores sucessos que definiram essa década extraordinária.
1970: I'll Be There – The Jackson 5
A década começou com puro talento e inocência. Os Jackson 5, liderados pelo jovem prodígio Michael Jackson, conquistaram o mundo com "I'll Be There", uma das baladas soul mais perfeitas já gravadas. Com apenas 12 anos, Michael já demonstrava uma maturidade vocal impressionante, entregando emoção em cada palavra.
A música é uma promessa de lealdade e apoio incondicional. A produção da Motown era impecável, com cordas suaves, arranjos sofisticados e aquela batida soul característica que fazia qualquer um querer dançar ou abraçar alguém especial. Os vocais de apoio dos irmãos criavam uma harmonia celestial que elevava a música a outro nível.
"I'll Be There" não era apenas um hit - era um fenômeno cultural. Representava a família, o amor puro e a esperança. Na 98 FM, essa música se tornou sinônimo de romantismo jovem, tocada em programas de dedicatórias e em momentos especiais da programação. Foi o quarto single número 1 consecutivo do grupo, um feito praticamente inédito na época.
O impacto dessa música transcendeu gerações. Décadas depois, continua sendo regravada e reverenciada como um dos maiores momentos do soul dos anos 70.
1971: Baby I'm-A Want You – Bread
O soft rock encontrou sua expressão mais pura com o Bread. "Baby I'm-A Want You" é romantismo melódico em sua forma mais refinada. A voz de David Gates tinha aquela qualidade aveludada e sincera que tocava diretamente no coração.
A música é um exercício de simplicidade sofisticada. Não há excessos, não há artifícios desnecessários - apenas uma melodia linda, letras honestas sobre desejo e necessidade, e uma produção limpa que permite que a emoção brilhe. O violão acústico conduz suavemente, enquanto cordas discretas adicionam profundidade.
O Bread representava a Costa Oeste americana em sua essência: ensolarada, relaxada, mas profundamente emocional. Na programação da 98 FM, essa música era perfeita para tardes tranquilas ou noites românticas. Era o som que fazia você parar o que estava fazendo e simplesmente sentir.
O grupo se especializou em criar canções que falavam diretamente sobre relacionamentos, sem metáforas complicadas ou poesia obscura. "Baby I'm-A Want You" era um homem dizendo honestamente o que sentia, e essa autenticidade conectava profundamente com os ouvintes.
1972: A Horse With No Name – America
Mistério, filosofia e folk rock se encontraram nesta enigmática canção do trio America. "A Horse With No Name" é sobre uma jornada pelo deserto - literal e metafórica. A música tem aquela qualidade hipnótica e contemplativa que caracterizou muito do folk rock dos anos 70.
O riff de violão é instantaneamente reconhecível, criando uma atmosfera árida e expansiva. A voz suave do vocalista Dewey Bunnell narra uma história que pode ser interpretada de múltiplas formas: uma busca por liberdade, uma jornada de autodescoberta, ou simplesmente uma aventura no deserto americano.
O que torna "A Horse With No Name" fascinante são suas imagens surreais e poéticas. Plantas e pássaros e pedras e coisas, o oceano sendo um deserto com sua vida subterrânea - essas imagens criaram debates sobre significados profundos, embora a banda tenha admitido que parte da letra veio de forma quase automática.
Na 98 FM, essa música representava o lado mais introspectivo e artístico do rock dos anos 70. Era perfeita para viagens longas, momentos de reflexão, ou simplesmente para apreciar uma boa composição musical.
1973: Crocodile Rock – Elton John
Depois de tanta introspecção, Elton John trouxe pura alegria nostálgica com "Crocodile Rock". Esta é uma celebração dos primeiros dias do rock 'n' roll, uma homenagem divertida e energética às danças e aos sons dos anos 50 e 60.
A música é irresistivelmente contagiante. O riff de piano é pura euforia, a batida é para dançar, e a letra evoca memórias de juventude, de primeiros amores, de dias mais simples. Elton John estava no auge de sua criatividade, e Bernie Taupin escreveu uma letra que todos podiam cantar junto.
"Crocodile Rock" mostrava que Elton não era apenas o pianista virtuoso e compositor sensível - ele também sabia fazer todo mundo sair da cadeira e dançar. O falsete no refrão, a energia contagiante, tudo contribuía para criar uma das músicas mais divertidas da década.
Na 98 FM, essa era a música que energizava as manhãs, que tocava nas festas, que fazia qualquer um esquecer os problemas e simplesmente curtir o momento. Representava o lado celebrativo e despreocupado dos anos 70.
1974: Can't Get Enough Of Your Love, Babe – Barry White
A voz profunda e sedutora de Barry White, os arranjos orquestrais luxuosos, as cordas exuberantes - "Can't Get Enough Of Your Love, Babe" é romance em sua forma mais opulenta e sensual. Barry White não apenas cantava sobre amor; ele criava uma experiência completa de sedução através da música.
A produção é rica e densa, com camadas e camadas de instrumentos criando uma parede sonora de pura sofisticação. A batida é lenta e sensual, perfeita para dançar coladinho. E aquela voz - grave, confiante, romântica - tornou Barry White inconfundível.
Esta música representa o soul dos anos 70 em seu ápice: elaborado, confiante, sem medo de excessos. Era música para adultos, para romance maduro, para momentos íntimos. As letras eram diretas sobre desejo e amor, sem jogos ou ambiguidades.
Na programação noturna da 98 FM, Barry White era presença garantida. Suas músicas criavam aquela atmosfera especial, aquele mood romântico que só as grandes rádios FM sabiam criar. "Can't Get Enough Of Your Love, Babe" se tornou trilha sonora de incontáveis noites românticas.
1975: Get Down Tonight – KC & The Sunshine Band
A disco music estava chegando, e KC & The Sunshine Band foi um dos pioneiros a trazer aquela energia contagiante das pistas de dança para as rádios. "Get Down Tonight" é pura celebração, pura alegria, puro convite para dançar.
A música tem uma linha de baixo funky irresistível, metais brilhantes e energéticos, e aquele groove que simplesmente não permite que você fique parado. A letra é simples e direta: vamos nos divertir, vamos dançar, vamos aproveitar a noite. Era a filosofia hedonista da disco em sua essência.
KC & The Sunshine Band capturou perfeitamente o espírito otimista de meados dos anos 70. Não havia cinismo, não havia preocupações - apenas o convite para deixar tudo de lado e curtir a música. O som era polido, profissional e totalmente focado em fazer as pessoas se moverem.
Na 98 FM, "Get Down Tonight" era garantia de animação. Tocava em programas diurnos para energizar, em festas radiofônicas, e sempre arrancava sorrisos e movimentos de dança dos ouvintes. Foi uma das músicas que preparou o terreno para a explosão total da disco que viria.
1976: Baby, I Love Your Way – Peter Frampton
Peter Frampton estava no topo do mundo em 1976, e "Baby, I Love Your Way" foi um dos maiores sucessos do álbum ao vivo mais vendido de todos os tempos, "Frampton Comes Alive!". A música é uma declaração de amor suave e sincera, embalada numa melodia absolutamente linda.
A versão ao vivo capturou algo mágico - a conexão entre Frampton e o público, a energia da performance, a pureza da emoção. O violão acústico conduz gentilmente, a voz de Frampton é cheia de sentimento, e aquele talk box característico adiciona um toque único.
A letra pinta imagens bonitas: o sol se pondo, as luzes da lua começando a brilhar, a fumaça fazendo anéis ao redor da lua. É romântico sem ser piegas, é simples sem ser simplório. Frampton conseguiu criar uma canção que era simultaneamente íntima e universal.
Na 98 FM, essa era a música perfeita para finais de tarde, para programas românticos, para aqueles momentos de reflexão suave. Representava o lado mais sensível e melódico do rock dos anos 70.
1977: Don't Leave Me This Way – Thelma Houston
Thelma Houston pegou uma música originalmente gravada por Harold Melvin & The Blue Notes e a transformou num hino disco absolutamente arrasador. "Don't Leave Me This Way" é paixão, é urgência, é uma súplica vocal poderosa embalada numa produção disco impecável.
A voz de Thelma é simplesmente espetacular - cheia de alma, de poder, de emoção crua. Ela não apenas canta a música; ela vive cada palavra, cada nota. A produção é típica da disco em seu melhor: batida forte e constante, cordas dramáticas, metais brilhantes, e aquele groove irresistível.
A música funciona em múltiplos níveis: é sobre amor romântico, mas também pode ser interpretada de forma mais espiritual ou emocional. Essa ambiguidade deu à música uma profundidade que muitos hits disco não tinham. E aquele momento onde tudo para e volta com força total - pura genialidade de produção.
"Don't Leave Me This Way" ganhou o Grammy e se tornou um dos maiores clássicos da era disco. Na 98 FM, era presença constante, especialmente em programas noturnos dedicados à música dançante. A música tinha tudo: poderia fazer você dançar ou chorar, ou ambos ao mesmo tempo.
1978: Baby Come Back – Player
Em meio à dominação da disco, Player trouxe de volta aquele rock melódico e romântico que nunca saiu de moda. "Baby Come Back" é uma súplica sincera e vulnerável para que um amor perdido retorne. A música toca num sentimento universal: o arrependimento após uma separação.
A melodia é absolutamente linda, com aquele refrão que gruda instantaneamente na memória. A produção é limpa e focada, permitindo que a emoção da voz e a beleza da composição brilhem. As guitarras são suaves mas presentes, criando uma textura perfeita para a mensagem.
O que torna "Baby Come Back" especial é sua honestidade emocional. O narrador admite seus erros, reconhece que estava errado, e implora por uma segunda chance. Não há orgulho, não há jogos - apenas vulnerabilidade pura. Essa autenticidade ressoou profundamente com os ouvintes.
Na 98 FM, essa música se tornou o pedido favorito para dedicatórias de reconciliação. Era a canção que você pedia tocar esperando que aquela pessoa especial estivesse ouvindo. Representava esperança, amor e a possibilidade de recomeçar.
1979: Good Times – Chic
A década se encerrou com um dos maiores hinos disco de todos os tempos. "Good Times" do Chic não era apenas uma música - era uma declaração de princípios, um manifesto hedonista, um convite irrecusável para celebrar a vida. Nile Rodgers e Bernard Edwards criaram uma obra-prima do funk-disco que influenciaria a música por décadas.
A linha de baixo é lendária - uma das mais famosas e copiadas da história da música. O groove é absolutamente perfeito, hipnótico e contagiante. As guitarras de Nile Rodgers fazem aquele scratch funk característico, os vocais são suaves mas confiantes, e toda a produção respira sofisticação.
"Good Times" capturou perfeitamente o espírito do final dos anos 70: apesar dos problemas econômicos, das tensões sociais, das incertezas, ainda havia espaço para celebração, para alegria, para diversão. Era uma música sobre resiliência através da festa, sobre encontrar momentos felizes mesmo em tempos difíceis.
O impacto dessa música foi imenso. Foi sampleada pelo Sugarhill Gang em "Rapper's Delight", ajudando a lançar o hip-hop. Influenciou inúmeros artistas e produtores. Na 98 FM, era a música que fechava programas, que energizava festas, que fazia todos esquecerem seus problemas e simplesmente dançarem.
O Legado de Uma Década Transformadora
Essas nove músicas contam a história dos anos 70: começando com o soul inocente dos Jackson 5, passando pelo folk rock introspectivo, pelo soft rock romântico, pela opulência do soul orquestrado, pela explosão da disco, e terminando com o funk sofisticado do Chic.
A 98 FM foi essencial em manter esses clássicos vivos no imaginário brasileiro. Enquanto outras rádios focavam apenas nos hits do momento, a 98 FM construiu uma programação que respeitava a qualidade musical, a diversidade de estilos, e a conexão emocional que essas músicas criavam com os ouvintes.
Os anos 70 foram uma época de experimentação e evolução musical. Foi quando a produção musical atingiu novos patamares de sofisticação, quando os estúdios se tornaram instrumentos criativos por si só, quando gêneros se misturaram e criaram sons completamente novos.
Mais importante, foi uma década onde a música ainda tinha aquele poder de unir pessoas. Sem internet, sem streaming, sem redes sociais - tínhamos o rádio. E estações como a 98 FM eram curadoras culturais, criadoras de experiências coletivas, pontes entre artistas e ouvintes.
Hoje, quando essas músicas tocam, elas carregam consigo não apenas melodias e letras, mas memórias inteiras. São portais para uma época específica, para sentimentos guardados, para versões mais jovens de nós mesmos. E é por isso que continuam sendo tocadas, amadas e celebradas décadas depois de seu lançamento original.
Good Times – Chic

Assine Grátis!
Mantenha-se informado com as notícias mais relevantes do Rio, direto no seu e-mail. A newsletter da 98 FM Rio é totalmente gratuita. Assine agora e receba atualizações exclusivas, sem custo algum!
Você pode gostar
⚽ Viva essa emoção com a 98 FM
Aqui, o futebol não é só notícia — é paixão compartilhada. Sintonize na 98FM Rio, acompanhe as maiores rivalidades e entre de cabeça no clima do Clássico dos Milhões.


Aviso Legal: Ao utilizar este site, você concorda que leu e aceitou os nossos Termos de Uso e a nossa Política de Privacidade. Operamos de forma independente e, como tal, não somos controlados por nenhum operador de cassinos ou jogos de azar. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo de páginas em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização prévia por escrito.
Rádio 98 FM RIO 2019 -2025
Todos os direitos reservados


