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O Equador Acaba de Dar o Nome aos Bois: Cartel de Maduro é Oficialmente "Terrorista"

Equador classifica Cartel dos Sóis de Maduro como grupo terrorista. Entenda as implicações desta decisão histórica para a América Latina e as relações diplomáticas regionais.

PAPO CARIOCA

JORNALISMO

8/18/20255 min ler

A person walking down a street holding a flag
A person walking down a street holding a flag

Imagina só: você está tomando seu café da manhã numa quinta-feira qualquer quando descobre que um país inteiro decidiu parar de fazer vista grossa para o óbvio. O governo do Equador decretou nesta quinta-feira (15) que o chamado Cartel dos Sóis - organização criminosa que, segundo os Estados Unidos, é liderada pelo ditador da Venezuela, Nicolás Maduro - passará a ser oficialmente tratado como grupo terrorista no país.

Sim, você leu certo. O Equador basicamente disse: "Chega de fingir que não vemos o elefante na sala". E que elefante, hein?

O Cartel que Nem Precisava se Esconder

Vamos começar pelo básico, porque às vezes a realidade é mais bizarra que qualquer ficção. Cartel de los Soles é uma organização criminosa venezuelana liderada por Nicolas Maduro Moros e outros altos funcionários venezuelanos do regime de Maduro que fornece apoio material a organizações terroristas estrangeiras que ameaçam a paz e a segurança dos Estados Unidos, segundo o próprio Departamento do Tesouro americano.

O nome não é por acaso. "Cartel de los Soles" faz referência aos distintivos dourados em forma de sol que os oficiais militares venezuelanos usam nos uniformes. É quase como se quisessem deixar uma assinatura em cada operação ilegal. (Sutil como um tiro de canhão, né?)

O Cartel dos Sóis é uma organização criminosa e terrorista venezuelana liderada por membros de alto escalão das Forças Armadas da Venezuela que estão envolvidos no comércio internacional de drogas. Não estamos falando de meliantes qualquer – estamos falando de gente fardada, com acesso a recursos militares e poder político.

Quando o Presidente É o Chefe do Tráfico

Agora vem a parte que parece roteiro de Netflix, mas é realidade crua: Como líder do Cartel dos Sóis, Maduro é o primeiro alvo na história do Programa de Recompensas por Narcóticos com uma oferta de recompensa superior a 25 milhões de dólares.

Pensa bem: um cara que se diz presidente de um país tem uma recompensa de mais de 25 milhões na cabeça por ser... traficante. É tipo descobrir que seu vizinho que reclama do barulho da sua música é, na verdade, o dono da boate clandestina da esquina.

O general aposentado Hugo Armando Carvajal Barrios, conhecido como "El Pollo", é considerado um dos principais líderes desse suposto cartel e se declarou culpado nos EUA em 25 de junho por tráfico de drogas, narcoterrorismo e posse e conspiração para posse de armas e dispositivos destrutivos. Até os generais têm apelido de galinha – a situação realmente fugiu do controle.

O Equador Decide Parar de Brincar de Faz de Conta

Daniel Noboa, presidente equatoriano, não é exatamente conhecido por meias palavras. E desta vez, ele foi direto ao ponto com o Decreto Executivo que classificou o Cartel de los Soles como grupo terrorista, seguindo os passos dos Estados Unidos.

Por que essa decisão importa? Simples: o Equador está literalmente na porta de casa da Venezuela. É como se seu vizinho de muro finalmente resolvesse chamar a polícia para aquela festa que nunca acaba e sempre termina com sirene.

O Equador não está inventando moda. De acordo com a administração americana, o objetivo do cartel seria "usar a avalanche de drogas ilegais como arma contra os EUA". Não é paranoia americana – é estratégia documentada de guerra não convencional através do narcotráfico.

A Receita do Caos: Como Transformar um País em Hub Criminal

Aqui entra uma perspectiva que poucos param para analisar: como diabos um país inteiro vira base de operações de cartel internacional? Não acontece da noite para o dia.

Na verdade, pensando melhor, o processo é quase cirúrgico. Primeiro, você corrompe as instituições. Depois, militariza o tráfico. Por fim, usa a estrutura estatal para legitimizar o crime organizado. É como se alguém tivesse pego o manual "Como Não Governar um País" e seguido à risca.

Maduro e outros altos funcionários venezuelanos supostamente fizeram parceria com as FARC para usar cocaína como arma para "inundar" os Estados Unidos, segundo o Departamento de Justiça americano. Não é teoria conspiratória – está documentado em processo judicial.

O Efeito Dominó Que Ninguém Quer Admitir

Enquanto isso, países vizinhos como o Equador lidam com as consequências práticas. Você já parou para pensar no que significa ter um Estado criminoso como vizinho de fronteira? É tipo morar ao lado de uma casa onde sempre tem festa, mas as festas são reuniões de facção.

O Equador já vinha sofrendo com escalada da violência interna. Pelo menos quatro policiais equatorianos foram sequestrados por criminosos. Um estúdio de televisão foi invadido por homens armados. Coincidência? Improvável.

A classificação oficial como grupo terrorista não é apenas simbólica. Na prática, permite cooperação internacional mais efetiva, compartilhamento de inteligência e ações coordenadas de combate. É sair do "não posso fazer nada" para "agora tenho ferramentas legais".

Quando a Diplomacia Vira Policial

Tem uma ironia cruel na situação toda: estamos falando de relações diplomáticas entre países que, na prática, viraram operação policial internacional. O que deveria ser conversa entre chancelarias virou coordenação anti-crime organizado.

É quase tragicômico pensar que embaixadas e consulados agora precisam funcionar mais como postos de inteligência contra narcotráfico do que como representações diplomáticas tradicionais.

Confesso que sempre achei que a expressão "Estado falido" era exagero acadêmico. Mas quando o próprio presidente de um país está na lista de mais procurados por narcotráfico internacional, talvez seja hora de repensar os conceitos.

O Brasil no Meio do Fogo Cruzado

Uma pergunta que fica no ar: e o Brasil nisso tudo? Não dá para fingir que somos uma ilha no meio da confusão. Temos fronteira com a Venezuela, recebemos refugiados venezuelanos e, querendo ou não, fazemos parte dessa equação regional.

A decisão do Equador coloca uma pressão silenciosa nos demais países da região. É tipo quando um colega de classe finalmente entrega o valentão da turma – todo mundo fica na expectativa para ver quem vai ter coragem de apoiar.

A Conta Que Alguém Vai Ter Que Pagar

Aqui vai uma reflexão incômoda: esse tipo de situação não se resolve sozinha. Cartéis com proteção estatal não desaparecem com decreto. Eles migram, se adaptam, procuram novos territórios.

O governo americano nomeou o Cartel de los Soles, um grupo criminoso com sede na Venezuela liderado pelo presidente Nicolás Maduro, uma organização terrorista global, mas nomenclatura não resolve problema operacional.

O Equador tomou uma decisão corajosa, mas que vem com preço. Declarar um grupo com essas características como terrorista é assumir um lado numa guerra que não escolheu, mas que chegou na sua porta.

O Futuro Que Ninguém Quer, Mas Que Pode Chegar

Se você acha que isso tudo parece cenário de filme, prepare-se: a realidade tem potencial para ser bem mais bizarra que qualquer roteiro de Hollywood. Quando Estados vizinhos começam a classificar o governo de outro país como organização criminosa, estamos entrando em território diplomático completamente novo.

A pergunta que fica é simples, mas incômoda: quantos países vão seguir o exemplo equatoriano? E qual será a resposta do regime venezuelano?

Uma coisa é certa: o Equador decidiu que não vai mais fingir que não vê. Oficialmente, o Cartel dos Sóis agora é o que sempre foi – um grupo terrorista. A diferença é que agora está no papel.

Moral da história: às vezes, dar nome aos bois é o primeiro passo para enfrentar a boiada. O Equador fez sua escolha. Agora é esperar para ver quem mais vai ter a coragem de chamar terrorista de terrorista.

E você, o que acha dessa decisão? Coragem necessária ou provocação desnecessária? A América Latina finalmente está acordando para uma realidade que muitos preferiam ignorar?

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