Internação do Rapper Hungria em Brasília: Entenda a Situação
O rapper Hungria, conhecido por suas letras impactantes e seu estilo inconfundível, foi internado em Brasília recentemente devido à suspeita de ter consumido uma bebida adulterada.
FAMOSOS
PAMELA GOMES
10/3/20257 min ler


Hungria Internado
Você tá na casa de um parça, rolando aquela resenha boa de madrugada. Alguém abre uma garrafa de vodca, música no último volume, risadas soltas. Ninguém imagina que, horas depois, você pode estar numa UTI lutando pra não perder a visão. Parece roteiro de filme de terror? Pois foi exatamente isso que aconteceu com o Hungria.
O rapper — um dos maiores nomes do hip hop nacional, dono de hits que todo mundo canta mesmo fingindo que não sabe a letra — foi parar no Hospital DF Star, em Brasília, na última quinta (02/10). O artista deu entrada com dores de cabeça, náuseas, visão turva e acidose metabólica. A suspeita? Intoxicação por metanol após ingestão de bebida alcoólica adulterada.
E antes que você pense "ah, isso não vai acontecer comigo", segura essa informação: normalmente, o Brasil registra 20 casos por ano de intoxicação por metanol. Só que nos últimos dias, São Paulo já confirmou cinco mortes relacionadas a casos de intoxicação por metanol. Cinco. Mortes.
A coisa ficou tão séria que o Ministério da Saúde teve que agir.
O Vilão Invisível Que Tá Matando Gente
Metanol. Cinco sílabas que a maioria das pessoas nunca ouviu falar até semana passada. Mas deixa eu te explicar por que essa substância é mais assustadora que qualquer filme de Halloween.
O metanol é um álcool usado em solventes e outros produtos químicos, sendo extremamente perigoso quando ingerido. Ele pode atacar o fígado, cérebro e o nervo óptico, levando a cegueira, coma e em casos extremos a morte.
Lê de novo essa parte da cegueira. Isso mesmo — você pode acordar e simplesmente não enxergar mais. Para sempre.
A parada é tão sinistra que os sintomas podem aparecer entre 12 e 24 horas após a ingestão da substância. Ou seja, você bebe numa quinta à noite, acorda sexta se sentindo mal, acha que é ressaca comum e... não é. O socorro em até seis horas após o início dos sintomas é fundamental para evitar o agravamento.
Seis horas. É o tempo que você tem entre "tô me sentindo estranho" e "isso pode virar tragédia".
Como Identificar Se Você Tá em Perigo
Olha, eu sei que depois de uma noite regada a álcool, todo mundo acorda meio zuado. Dor de cabeça? Check. Náusea? Check. Vontade de nunca mais sair de casa? Triple check.
Mas tem sinais que não são ressaca normal, meu parceiro.
O consumidor deve ficar atento a alguns sintomas pós-consumo como visão turva, dor de cabeça intensa, náusea, tontura ou rebaixamento do nível de consciência. Se você tá sentindo isso, não é hora de tomar Engov e voltar pro sofá. É hora de procurar atendimento médico urgente e acionar o Disque-Intoxicação.
A diferença entre ressaca e intoxicação por metanol? Na ressaca, sua visão pode estar embaçada por causa do cansaço. Na intoxicação, pode surgir visão turva repentina ou até cegueira. É aquela visão que simplesmente não melhora, não volta ao normal, não importa quantas vezes você esfregue os olhos.
Pensa assim: se depois de beber você sentir que tá vendo o mundo através de um vidro fosco, não é normal. Se a dor de cabeça vier acompanhada de confusão mental e você não conseguir raciocinar direito, não é normal. Se aparecerem dores abdominais intensas junto com tontura e confusão mental, definitivamente não é normal.
O Caso Hungria: Da Madrugada Pro Hospital
Segundo a assessoria do cantor, ele bebeu vodca na casa de um amigo durante a madrugada em Vicente Pires, região do DF, a cerca de 20 km do centro de Brasília. Uma madrugada comum. Amigos, música, bebida. Nada que milhares de brasileiros não façam todo final de semana.
Mas o que era pra ser uma noite tranquila virou pesadelo. Gustavo da Hungria Neves, um dos maiores nomes do hip hop nacional, permanece em observação. Os shows previstos para este final de semana foram remarcados.
A assessoria do artista foi rápida em emitir um comunicado (porque quando você é figura pública, até sua internação vira notícia nacional). O recado foi claro: o artista já está fora de risco iminente. Graças a Deus, né? Mas pensa no susto. Pensa na família. Pensa nos fãs que já tinham ingresso comprado pra ver o show.
E olha que o Hungria não tava fazendo nada de errado. Não foi irresponsabilidade dele. Foi puro azar de estar no lugar errado, na hora errada, com a bebida errada.
A Onda de Casos Que Tá Assustando o Brasil
Vou te contar uma coisa que vai te deixar ainda mais preocupado (desculpa, mas você precisa saber): o caso do Hungria não é isolado.
Não, sério mesmo. O Ministério da Saúde instalou uma sala de situação para monitorar casos de intoxicação por metanol. Quando o governo cria uma "sala de situação", é porque a coisa tá feia.
São Paulo virou epicentro de uma verdadeira epidemia silenciosa. Bares, festas, encontros sociais — ninguém sabe exatamente onde a contaminação tá acontecendo. Ainda não foi informado onde o cantor teria consumido a suposta bebida adulterada.
E aí vem a pergunta que não quer calar: como é que você se protege de algo que não dá pra ver, cheirar ou sentir o gosto?
Resposta sincera? É quase impossível. O metanol não tem cheiro característico quando misturado ao etanol (o álcool "bom" das bebidas). A cor é igual. O sabor é indistinguível. É o assassino perfeito.
Por Que Isso Tá Acontecendo Agora?
Olha, eu vou ser sincero contigo (e talvez ganhar uns inimigos no processo): bebida adulterada sempre existiu no Brasil. Sempre. Aquele bar que cobra R$ 5 numa caipirinha? Pois é. Aquela festa open bar que sai por R$ 50? Pois é também.
A diferença é que antes os caras diluíam com água, usavam álcool de cereais mais barato, essas coisas. Dava ressaca dos infernos, mas não matava ninguém. Agora? Agora tem gente usando metanol porque é mais barato ainda.
E não adianta a gente ficar apontando dedo só pra quem adultera. O sistema é todo furado. O Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe) foi descontinuado em 2016 e controlava principalmente cervejas e refrigerantes, mas não verificava qualidade de bebidas.
Leu isso? 2016. Faz quase 10 anos que o Brasil não tem um sistema eficaz de controle. Dez anos de terra de ninguém.
Como Se Proteger (Porque Ficar Paranoico Não Resolve)
Eu sei que depois de ler tudo isso você tá pensando: "pronto, nunca mais vou beber nada fora de casa". Calma. Dá pra reduzir os riscos sem entrar em modo eremita total.
Primeiro: desconfia de preço muito baixo. Se o bar tá vendendo destilado pela metade do preço do mercado, alguma coisa tá errada. Ninguém faz caridade no capitalismo, meu parceiro.
Segundo: presta atenção na embalagem. Garrafa lacrada, rótulo bem impresso, sem sinais de violação. Parece óbvio, mas muita gente nem olha.
Terceiro: se você começar a se sentir mal de um jeito estranho — e quando eu digo estranho, é ESTRANHO mesmo, tipo visão mudando, confusão mental, dor que não passa — vai pro hospital. Não espera. Não tenta dormir pra ver se melhora. Vai.
Quarto (e isso é importante): conta pro médico exatamente o que você bebeu e onde. Não fica com vergonha, não omite informação. A vida é sua, cara. O médico não tá ali pra te julgar, tá ali pra te salvar.
O Que Vem Por Aí
O Ministério da Saúde determinou notificação imediata de casos de intoxicação por metanol. Isso significa que agora é obrigatório reportar todo caso suspeito. É um começo, pelo menos.
Mas a real? A gente precisa de muito mais que isso. Precisamos de fiscalização efetiva. De punição severa pra quem adultera. De educação pra população saber identificar os riscos. De um sistema que funcione.
Porque olha só a ironia macabra: o Hungria, que fez a vida dele cantando sobre as ruas, sobre a quebrada, sobre sobreviver num país difícil, quase não sobreviveu a uma simples noite com amigos. Se isso não é um alerta, eu não sei mais o que é.
A Reflexão Que Fica
Sabe aquela frase clichê "a vida é frágil"? Pois é, ela é. E às vezes a fragilidade vem de onde a gente menos espera. Não é o assalto na esquina, não é o acidente de carro, não é a doença grave. É uma garrafa de vodca numa madrugada qualquer.
O artista permanece em acompanhamento, e a gente torce pra que ele se recupere 100%. Mas quantas pessoas não tiveram a mesma sorte? Quantas famílias estão chorando mortes que poderiam ter sido evitadas?
Eu não tô aqui pra fazer alarmismo. Também não tô dizendo pra você parar de viver, de sair, de curtir. Mas tô dizendo pra você abrir o olho. Tô dizendo pra você cuidar de você e dos seus. Porque ninguém sai de casa esperando que uma bebida vire veneno.
E se você leu até aqui e tá pensando "isso nunca vai acontecer comigo", lembra: o Hungria provavelmente pensou a mesma coisa na quinta à noite.
A diferença entre estar lendo essa matéria e estar numa UTI pode ser só uma garrafa. Uma maldita garrafa.
Então fala aí nos comentários: você já tinha ouvido falar de metanol antes dessa onda de casos? Conhece alguém que passou por isso? E mais importante: você vai mudar alguma coisa no jeito que você bebe depois de ler essa matéria?
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