Globo de Ouro

Globo de Ouro: Os Maiores Erros e Surpresas das Indicações

uma visão geral dos indicados, surpresas e esnobadas nas indicações ao Golden Globe Awards de 2026.

As indicações do Globo de Ouro 2025 trouxeram esnobes inesperados, surpresas polêmicas e escolhas difíceis de explicar. Entenda os maiores erros, omissões e contradições da premiação.

Surpresas e Desprezos nas Nomeações ao Globo de Ouro
Surpresas e Desprezos nas Nomeações ao Globo de Ouro

A Bússola Quebrada do Globo de Ouro: Os Maiores Erros e Surpresas das Indicações

A corrida das premiações de Hollywood começou, e o Globo de Ouro — sempre controverso, sempre imprevisível — voltou a acender debates acalorados. A cada ano, o anúncio das indicações surge como uma espécie de “raio-x emocional” da indústria: o que está sendo valorizado? O que está sendo ignorado? O que ninguém entende, mas mesmo assim acontece?

Desta vez, porém, a sensação predominante é a de uma bússola quebrada. As escolhas parecem menos alinhadas com tendências, méritos e recepção pública, e mais com decisões enigmáticas que deixam críticos, fãs e especialistas coçando a cabeça. Entre esnobes chocantes, surpresas inexplicáveis e categorias que desafiam a lógica, o Globo de Ouro deste ano parece ter criado seu próprio mapa — e deixou o resto de nós tentando decifrá-lo.

A seguir, destrinchamos os maiores erros, surpresas e contradições que marcaram esta edição.


1. O Feitiço Quebrou: O Esnobe Surpreendente Contra “Wicked: For Good”

Se havia uma aposta quase unânime nesta temporada, era a presença forte de “Wicked: For Good” nas categorias principais. O filme tinha tudo: apelo popular, interpretação elogiada, campanha robusta e o peso de uma adaptação extremamente aguardada. Mas o feitiço não se sustentou.

Cynthia Erivo foi indicada, como se esperava. Ariana Grande também — embora a decisão de colocá-la como coadjuvante tenha sido interpretada como uma manobra generosa… para dizer o mínimo. Mas o espanto veio na ausência completa do longa nas categorias de Melhor Filme e Melhor Diretor, excluindo Jon M. Chu e esvaziando boa parte da força do projeto.

Por quê?

Uma teoria vem ganhando força: a estratégia do estúdio de “guardar” o peso das premiações para a parte dois pode ter saído pela culatra. A própria Hollywood já viveu algo parecido com “Duna”, que teve seu reconhecimento fragmentado entre os lançamentos. Soma-se a isso o fato de o primeiro filme de “Wicked” não ter recebido o mesmo entusiasmo crítico esperado. O resultado? Um dos maiores esnobes do ano.


2. A Surpresa Gigante: Julia Roberts Indicada por um Filme Esquecido

Algumas indicações surgem com tanta força de surpresa que fazem a pergunta inevitável: isso aconteceu mesmo?

É exatamente o caso de Julia Roberts indicada por “After the Hunt”. A performance dela, como sempre, é competente — mas o filme? Longe disso. O longa foi um fracasso de crítica, passou quase despercebido nas bilheterias e simplesmente não entrou na conversa da temporada de prêmios.

Então, por que Roberts entrou na lista?

Porque Julia Roberts é Julia Roberts. E poucos prêmios sentem mais o magnetismo de celebridades do que o Globo de Ouro. A indicação parece mais ancorada no prestígio da atriz do que no impacto do filme, reforçando uma velha crítica à premiação: o brilho das estrelas às vezes pesa mais do que o brilho do trabalho.

Essa escolha fica ainda mais controversa quando comparada às ausências de:

  • Gwyneth Paltrow, muito elogiada por “Marty Supreme”
  • Sydney Sweeney, que entregou uma performance madura e intensa em “Christy”

Ambas eram apostas naturais — mas ficaram de fora.

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3. Quando a Matemática Não Fecha: O Enigma da Bilheteria

Se há uma categoria que desafia qualquer lógica editorial, é a de título de conquista de bilheteria. E a indicação de “KPop Demon Hunters” elevou essa sensação ao máximo.

Dois problemas surgem imediatamente:

  1. A Netflix não divulga números oficiais de bilheteria, e o lançamento cinematográfico foi “extremamente limitado”.
  2. Filmes que realmente foram destaques absolutos do ano simplesmente não entraram na categoria.

Estamos falando dos três maiores sucessos domésticos:

  • “A Minecraft Movie”
  • “Lilo & Stitch”
  • “Superman”

Todos ficaram de fora.

E o golpe final? A total ausência de “Ne Zha II”, a animação chinesa que se tornou o filme de maior bilheteria do mundo em 2024, ultrapassando a marca de US$ 2 bilhões. Um feito colossal, culturalmente relevante, inegável — e totalmente ignorado.

A pergunta que fica é inevitável: quais são, afinal, os critérios reais dessa categoria? Se não é impacto global, nem números verificados, nem sucesso doméstico… o que é?


4. Silêncio Ensurdecedor: Podcasts Populares e Políticos Ignorados

A estreia da categoria de melhor podcast poderia ser um momento histórico, abrindo espaço para uma mídia em plena expansão. Mas o Globo de Ouro optou por seguir um caminho inesperadamente conservador — e, para muitos, decepcionante.

A ausência mais gritante foi a não indicação de “The Joe Rogan Experience”, descrito amplamente como o podcast mais ouvido do ano. Mas Rogan não estava sozinho na lista de esnobes.

Foram ignorados também:

  • The Ben Shapiro Show
  • Pod Save America
  • The Megyn Kelly Show
  • The Tucker Carlson Show
  • O podcast de Candace Owens

Ou seja: todos os programas de maior alcance político à esquerda e à direita — simplesmente apagados.

A leitura majoritária é clara: o Globo de Ouro evitou controvérsias na estreia da categoria. Em vez de premiar os gigantes do formato, preferiu escolher títulos menos polarizantes e mais “seguros”. Porém, ao fazer isso, ignorou a realidade: a popularidade de podcasts é medida por números, não por neutralidade editorial.


5. O Que o Globo de Ouro Está Tentando Nos Dizer?

A soma de todas essas escolhas aponta para um enigma editorial: que mensagem o Globo de Ouro quer transmitir? Porque, se o objetivo é refletir tendências da indústria, os resultados não parecem alinhados. Se a intenção é se diferenciar, o recado é confuso. E se a prioridade é buscar relevância, as ausências e surpresas parecem puxar a premiação para uma zona cinzenta.

O público quer consistência. Os críticos querem coerência. A indústria quer previsibilidade. Mas as indicações deste ano mostram que o Globo de Ouro prefere operar de acordo com uma lógica própria, quase hermética.

Talvez seja uma tentativa de se reinventar. Talvez seja apenas o resultado da diversidade de opiniões entre votantes. Ou talvez, simplesmente, o Globo de Ouro continue sendo o que sempre foi: imprevisível, polêmico e fascinante, tudo ao mesmo tempo.


Entre Erros, Surpresas e Sinais Confusos

As indicações ao Globo de Ouro sempre geram discussões — é parte do charme (ou do caos) da premiação. Mas este ano trouxe um nível de perplexidade que reacendeu velhas críticas e levantou novas perguntas.

  • Por que esnobar grandes produções esperadas?
  • Como justificar indicações de filmes ignorados pelo público?
  • Qual é o real critério das categorias de bilheteria?
  • Por que cortar da lista os podcasts mais influentes do planeta?

Mais do que erros, as escolhas parecem sinais de uma bússola editorial desalinhada, que aponta para direções que só o Globo de Ouro enxerga.

Mas, no fim, talvez seja isso que mantém a premiação viva no imaginário pop: a capacidade de surpreender, irritar, fascinar e gerar conversa. E em uma era dominada por algoritmos, previsibilidade e métricas, talvez essa imprevisibilidade seja justamente seu lado mais humano.

Seja como for, este ano deixa uma certeza:
o Globo de Ouro continua sendo impossível de ignorar — mesmo quando ninguém entende as escolhas.


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