Flamengo Eliminado: Atlético-MG e Disputa de Pênaltis

Imagina a cena: noite gelada em BH, Arena MRV pulsando, coração batendo no ritmo da percussão mineira, e o Flamengo indo buscar o impossível. Jogo de volta das oitavas da Copa do Brasil. Pressão. Raiva contida. Fé no talento. E no fim… pênaltis. Aquele velho conhecido que adora virar vilão.

É, parceiro. O roteiro era digno de novela das 9, mas o final teve gosto de capítulo cortado. Atlético-MG classificado. Flamengo eliminado. E a torcida rubro-negra? Atônita, com aquele olhar de quem levou uma bolada no peito.

A missão? Difícil. Mas o Flamengo foi valente.

Vamos dar o braço a torcer: o time foi pro tudo ou nada. Perdeu a ida no Maraca por 1 a 0, sim. Mas não abaixou a cabeça. Voltou com a alma lavada e o espírito de quem sabe que jogar mal um jogo não define temporada. E foi lá, na casa do Galo, bater de frente.

E, olha… bateu. O time teve garra, teve chance, teve bola na rede — 1 a 0 também. Empatou o confronto. Levou pra onde o drama mora: os pênaltis.

Aliás, pênalti devia vir com alerta de gatilho emocional. Porque não é só chute e gol. É alma exposta. É histórico pesando. É nervo puro.

Mas aí... a perna pesou.

Chegou a hora da cobrança. O Flamengo já tinha vivido essa novela antes. Em Libertadores, em Copa do Brasil, até em Carioca. Mas ontem… a perna tremeu.

Samuel Lino, que vinha sendo destaque, mandou o dele… pra fora. Parecia replay do que a gente não queria lembrar. Depois, Wallace Yan, garoto de talento, mas ainda com o coração batendo fora do compasso, também desperdiçou. E pronto: foi como se o mundo desabasse em cinco segundos.

Dava pra ouvir o silêncio no banco. Um silêncio doído, cortado só pelos gritos da torcida atleticana.

E o Galo? Jogou com o manual do sofrimento.

O Atlético-MG não foi brilhante. Mas foi estratégico. Defendeu bem. Gastou o tempo quando precisou. Não entrou na pilha. E, no fim das contas, soube sofrer — qualidade que nem todo time grande tem.

Eles sabiam que o Flamengo vinha mordido. Que o time carioca ia tentar pressionar, controlar o jogo. Mas o Galo fez o que tinha que fazer: limitou espaços, jogou no erro e esperou a sorte sorrir nos pênaltis. E sorriu.

Agora é hora da pergunta que ninguém quer fazer

E o Flamengo, vai pra onde? Vai pra crise? Vai mudar técnico? Vai reforçar o elenco? Ou vai simplesmente seguir o baile, como quem leva um fora, mas disfarça com aquele sorriso de quem “tá tranquilo”?

Honestamente? Difícil saber. Porque esse Flamengo tem tudo: elenco caro, torcida que canta em qualquer canto, camisa pesada. Mas falta, às vezes, um fio de equilíbrio. Um DNA emocional mais estável. O time vive nos extremos. Ou tá brilhando ou tá derretendo. Não tem meio-termo.

E pênalti, meus amigos… pênalti exige frieza. Exige paz interior. E talvez, só talvez, falte isso nesse momento.

Confesso: fiquei de coração partido

Carioca que sou, ver o Mengão sair assim, no limite da esperança, parte a gente por dentro. Mesmo quem não é rubro-negro sente. Porque o Flamengo movimenta a cidade. Move multidões. É mais que futebol. É samba, é batucada, é grito na laje, é alegria de segunda-feira.

Mas futebol, como a vida, às vezes não perdoa erro. E ontem, o Flamengo errou. E pagou caro.

Scout do Jogo: Atlético-MG 0 (3) x (1) 1 Flamengo

⚫ Atlético-MG

• Formação Tática Inicial: 4-3-3

• Posse de Bola: 44%

• Finalizações: 9 (4 no gol)

• Escanteios: 4

• Faltas: 18

• Cartões: 3 Amarelos

• Passes: 382 (331 certos | 86,6% de precisão)

🔴 Flamengo

• Formação Tática Inicial: 4-2-3-1

• Posse de Bola: 56%

• Finalizações: 11 (6 no gol)

• Escanteios: 5

• Faltas: 15

• Cartões: 2 Amarelos

• Passes: 442 (392 certos | 88,6% de precisão)

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