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Corinthians campeão – Triunfo Sobre o Tumulto por Trás do Tetra

A vitória do Corinthians sobre o Vasco por 2 a 1 no Maracanã, resultado que garantiu ao clube paulista o seu quarto título da Copa do Brasil em dezembro de 2025. Um Título Além do Campo A festa em preto e branco tomou conta do Maracanã. Com uma vitória por 2 a 1 sobre o Vasco, o Corinthians sagrou-se tetracampeão da…

A vitória do Corinthians sobre o Vasco por 2 a 1 no Maracanã, resultado que garantiu ao clube paulista o seu quarto título da Copa do Brasil em dezembro de 2025.

Um Título Além do Campo

A festa em preto e branco tomou conta do Maracanã. Com uma vitória por 2 a 1 sobre o Vasco, o Corinthians sagrou-se tetracampeão da Copa do Brasil, adicionando mais um troféu glorioso à sua história. O placar, no entanto, conta apenas uma fração da jornada épica que levou o clube a levantar essa taça. Por trás dos gols e da comemoração, existe uma narrativa de superação, sacrifício e resiliência que transcende as quatro linhas.

Esta é uma epopeia nascida não apenas no gramado, mas na sala de tratamento com heróis jogando no limite da dor; na prancheta tática de um técnico que fez apostas corajosas; e nas arquibancadas, onde a verdadeira alma do clube — seu “Terrão” e sua Fiel Torcida — se recusou a deixá-lo sucumbir.

Neste artigo, vamos desvendar os pontos mais marcantes e surpreendentes desta conquista, mostrando por que o tetracampeonato do Corinthians na Copa do Brasil de 2025 foi muito mais do que apenas um título.

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Heróis no Sacrifício

Os Gols que Vieram da Dor

Os dois protagonistas do título, autores dos gols na final, atuaram longe de suas condições físicas ideais. Yuri Alberto e Memphis Depay, os nomes que definiram a vitória no Maracanã, personificaram o espírito de sacrifício que marcou a campanha corintiana.

Yuri Alberto foi um verdadeiro guerreiro. Atuando nas duas finais “no sacrifício” devido a fortes dores no púbis, ele deu claros sinais de desgaste. O roteiro de sua consagração foi dramático: logo após marcar o primeiro gol da decisão, o centroavante mancou bastante, pediu remédio e relatou ao banco de reservas que sentia dores intensas — ainda que com um sorriso no rosto. Já o craque holandês Memphis Depay, que também não estava 100%, teve sua carga de treinos rigorosamente controlada. Para chegar na melhor condição possível, participou de apenas um treinamento com o grupo, dedicando os outros dias a trabalhos intensivos de fisioterapia.

O fato de os gols decisivos terem saído dos pés de atletas que superaram barreiras físicas torna a conquista ainda mais épica. Demonstra um nível de comprometimento e resiliência que vai além da técnica, forjando heróis no momento em que o clube mais precisava deles.

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A Maior Vitória Foi Contra Si Mesmo

Para ser campeão, o Corinthians precisou primeiro vencer uma batalha interna. O maior adversário do clube em 2025 não estava do outro lado do campo, mas dentro de seus próprios muros. A campanha vitoriosa foi construída em meio a um cenário de caos institucional, marcado por:

• Más gestões administrativas.

• O impeachment de um presidente.

• Dois ex-mandatários denunciados à Justiça.

• Um “transfer ban” que limitou o clube a contratar apenas dois jogadores em todo o ano.

A turbulência nos bastidores ameaçou minar qualquer chance de sucesso esportivo. A situação foi perfeitamente resumida em uma análise do portal Ge, que destacou a natureza dessa superação.

No futebol, muitas vezes se recorre ao discurso do “perdemos para nós mesmos” para justificar algumas derrotas. No caso deste Corinthians, tetracampeão da Copa do Brasil, a frase pode ser adaptada: o Timão venceu a si próprio.

Conquistar um título nacional em meio a essa crise é um testemunho da grandeza da instituição. O elenco e a comissão técnica conseguiram se blindar dos problemas criados pela própria “cartolagem” e provaram que a força do Corinthians em campo pode, por vezes, superar as fraquezas de sua política.

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A Coragem do Técnico e a Aposta que Deu Certo

O Dedo de Dorival: A Coragem que Moldou um Time Campeão

Em meio ao caos, a figura do técnico Dorival Júnior emergiu como um pilar de lucidez e estratégia. Sua capacidade de montar uma equipe “copeira”, adaptada para os desafios do mata-mata, foi fundamental. Para a finalíssima, Dorival tomou decisões que demonstram a sua assinatura: uma jogada que arriscava alienar a torcida, mas que priorizava a disciplina tática sobre a popularidade, foi barrar o meia Rodrigo Garro, um dos xodós da Fiel. Em contrapartida, bancou a titularidade do criticado Yuri Alberto, que retribuiu a confiança com um gol e uma assistência na partida mais importante do ano.

Essa visão de jogo não foi apenas gerencial, mas tática. Os dois gols da final nasceram de jogadas com a “assinatura” de Dorival, fruto de um planejamento que ficou evidente em campo. No primeiro gol, a jogada começa com Raniele recuando para o lado esquerdo da defesa para auxiliar na saída de bola — uma estratégia desenhada especificamente para a final — e de lá acionando Matheuzinho, que iniciou a sequência do gol. Foi a prova definitiva de que a visão e a coragem do treinador foram essenciais para superar as adversidades e colocar o time no caminho do título.

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A Força da Base e da Fiel Torcida

Os Pilares da Resiliência: O Terrão e a Fiel

Diante da crise política e da proibição de contratar, o Corinthians se voltou para os dois pilares que historicamente sustentam o clube: sua base e sua torcida.

Com a falta de reforços, o clube recorreu ao seu “Terrão”. Jovens como André e Dieguinho ganharam espaço, mas o grande destaque foi Breno Bidon. O meia, cria da base, foi escalado na final e teve uma atuação de veterano, sendo considerado “um dos melhores em campo”. Ao mesmo tempo, a Fiel Torcida desempenhou um papel crucial. Como bem analisou o Ge, os torcedores “entenderam que os maiores problemas do clube estavam fora e não dentro de campo”. Em vez de pressão, ofereceram apoio e acolhimento, carregando o elenco até o título no Maracanã.

Foi a prova definitiva de que, enquanto a diretoria pode vacilar, os pilares do Corinthians — o talento bruto do “Terrão” e a fé inabalável da Fiel — são indestrutíveis.

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Um Título que Vale por um Recomeço – Veja os gols

O tetracampeonato do Corinthians na Copa do Brasil foi muito mais do que um troféu erguido. Foi um símbolo poderoso de resistência, um grito de superação de um time que se recusou a ser definido pela crise que o cercava. Uma conquista construída com sacrifício, coragem tática e a força de suas raízes mais profundas.

Este título não apaga os graves problemas institucionais que o clube enfrenta, mas serve como um farol de esperança. Resta agora a reflexão final: essa conquista, forjada na adversidade, representa um verdadeiro ponto de virada para o futuro do clube ou apenas um capítulo heroico em meio a uma batalha interna que ainda não acabou?

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